quarta-feira, 20 de abril de 2011

Novo ano

O novo ano letivo que se inicia, começa com novos desafios, pensando nisso colocamos o blog a disposição para trabalhos, pesquisas e atividades extra-curriculares, para o corpo docente e nossos estudantes.

Um grande abraço!

Coordenação...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Quando Drogba acabou com a guerra civil na Costa do Marfim

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Atacante propôs que jogo fosse disputado na sede rebelde e conseguiu acabar com a guerra em 2007

    Atacante propôs que jogo fosse disputado na sede rebelde e conseguiu acabar com a guerra em 2007


A importância do astro Didier Drogba para a Costa do Marfim não se restringe aos limites do gramado. O atacante do Chelsea, da Inglaterra, já conseguiu usar o futebol como arma para acabar com uma guerra civil que se arrastava por cinco anos no seu país.

O episódio ocorreu em março de 2007, no confronto contra Madagascar, em partida válida pela qualificação da Taça das Nações Africanas. Mas não era apenas a vitória que estava em jogo. Na época, o craque exigiu que a partida fosse disputada em Bouaké, que era conhecida como a capital da rebelião.

A cidade era sede das tropas rebeldes do norte, de origem islâmica e com menor poder aquisitivo. Os guerrilheiros enfrentavam o exército do governo, ao sul do país, ligado ao cristianismo e às classes mais favorecidas. A nação ficou dividida numa guerra sangrenta, que só acabaria por causa da paixão do país pelo futebol.

O jogo no Bouaké Stadium uniu rebeldes e simpatizantes ao governo durante um período de cessar fogo. Um tanque rebelde conduziu a seleção liderada por Drogba ao estádio. E, antes do começo da partida, 25 mil fãs cantaram o hino do país.

Na tribuna do estádio, o presidente Laurent Koudou Gbagbo ficou ao lado do guerrilheiro Guillaume Kigbafori Soro, que hoje é primeiro-ministro do país. A Costa do Marfim goleou Madagascar por 5 a 0. No dia seguinte, os jornais marfinenses noticiavam: “Cinco gols para acabar com cinco anos de guerra”. Na ocasião, Drogba disse: “Foi como se a Costa do Marfim tivesse renascido”.

Era o desabafo de um jogador que se tornou herói de uma nação ao conseguir fazer com que a paixão pelo futebol se tornasse algo maior e mais nobre. A emoção tomou conta até mesmo dos soldados rebeldes que conduziram Drogba para fora do estádio. Muitos deles apertaram a mão do ídolo.

Outros puxaram câmeras fotográficas para registrar o momento em que uma partida de futebol ganhou outro significado. “Drogba e a seleção conseguiram fazer em 90 minutos o que os políticos não conseguiram fazer durante anos: unir a Costa do Marfim”, disse Guy Denis Koné, rebelde das forças de oposição, que assistiu ao jogo no estádio.

As tropas do governo ficaram nas arquibancadas, para simbolizar a união do país. Era a primeira vez que os soldados do governo estiveram na capital rebelde desde o começo da guerra civil. E a primeira vez que os dois inimigos estiveram lado a lado, sem animosidades.

“Quando eu cheguei aqui, senti apreensão e esperança ao mesmo tempo”, disse o oficial Christophe Diecket, em entrevista à revista Vanity Fair. “Ocorreram muitas mortes. Nós sabíamos que era o momento de deixar essa guerra de lado. Isso não poderia ter sido feito por outra pessoa. Apenas Drogba. Foi ele que nos curou dessa guerra”.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Haiti: Entre o sonho da liberdade e a tragédia do mundo real

Ajuda humanitária: possibilidades e dificuldades

Por Ederson Santos Lima- Texto extraído do site: www.portalpositivo.com.br
22/01/2010

Estimativas que vão desde cem mil até duzentas mil vítimas fizeram com que a própria ONU considerasse o terremoto do Haiti como a pior tragédia já enfrentada pela organização em toda a sua história. Colocar o país novamente nos trilhos não será tarefa fácil e muito menos barata. A ONU divulgou que serão necessários 560 milhões de dólares em doações para o trabalho humanitário.


Foto da Bandeira da Cruz Vermelha
Bandeira da Cruz Vermelha.
©Glow images/Dpi imagens

Remédios, comida, água, camas, colchões, roupas, barracas, material para resgate, máquinas para retirar os escombros das construções demolidas, enfim todo tipo de ajuda é necessário. Mas como chegar até a ilha caribenha se a estrutura do único aeroporto foi parcialmente destruída? Se poucas estradas são pavimentadas? Se gangues urbanas ( streets gangs ) voltaram com força após a missão brasileira no país as ter controlado?

O desastre do Haiti tem concentrado, acima das expectativas, esforços de todas as entidades possíveis: governos (dezenas de países), ONGs (como, por exemplo, Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha Internacional, Viva Rio, entre outras), bancos de fomento como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), além de empresas particulares (como a GM) e também pessoas (como os atores Brad Pitt e Angelina Jolie e a modelo Gisele Bündchen) que, isoladamente, têm doado dinheiro de forma voluntária. No caso norte-americano, ocorreu a maior doação via celular da história: em poucas horas, 10 milhões de dólares foram arrecadados pela Cruz Vermelha através de um número especialmente criado para esse fim e para o qual os cidadãos enviavam torpedos com a palavra haiti.

Mas como organizar todo esse volume de dinheiro? Como distribuir remédios e comida? Como acomodar o interesse dos países e governos que estão se mobilizando na área, como Brasil e EUA?

A primeira pergunta seria facilmente respondida se o Haiti tivesse um governo regularmente estabelecido e em condições de gerenciar os recursos. Mas, infelizmente, essa não é a realidade. A sede do governo foi destruída pelo terremoto e há poucas pessoas capazes desse trabalho no staff governamental local. Além disso, os altíssimos índices de corrupção — que, segundo a Transparência Internacional, fazem com que o Haiti ocupe a 168º posição em um ranking entre países corruptos — geram certa intranquilidade entre possíveis doadores.

Alguns propõem que o dinheiro arrecadado seja administrado por uma comissão externa a todos os envolvidos na ajuda humanitária, outros defendem a ideia de que os haitianos e a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) gerenciem os recursos e, para outros ainda, Brasil, os EUA e o governo do Haiti devem somar esforços de forma conjunta no controle e gerenciamento dos recursos.

Essa situação, que à primeira vista poderia ser interpretada como de fácil resolução, não é. Um exemplo disso é o caso do aeroporto de Porto Príncipe, ocupado por tropas norte-americanas que passaram a controlar pousos e decolagens. Elas têm sido acusadas por vários países, como Brasil, França e Argentina, de estarem dificultando os pousos com ajuda humanitária desses países e priorizando o desembarque de soldados norte-americanos e a saída de cidadãos estadunidenses. Alguns aviões estão levando até quatro horas para conseguir pousar em solo haitiano. Pelo menos essa questão já foi resolvida parcialmente: os americanos ficaram com o controle interno do aeroporto, inclusive dos radares, e o Brasil com a responsabilidade pela área externa desse local.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Tortura em transe

Não punir torturadores é usar o esquecimento como princípio organizador da ação jurídico-política. É tomar o torturado como um corpo sobre o qual se pode agir perpetuamente, já que simbolicamente continua detido.



Há pouco tempo, o historiador Eric Hobsbawm, em entrevista publicada no jornal argentino Página 12, disse que o presidente Lula "é o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil", pois "lá existem muitos pobres e ninguém jamais fez tanta coisa por eles". Análise precisa ou arroubo produzido por afinidade ideológica? Nem uma coisa, nem outra. A história em movimento não comporta conclusões apressadas. Os avanços são inegáveis, mas ainda temos um bom pedaço de chão pela frente.

Se o que queremos é consolidar a democracia política como valor permanente, como conjunto de relações sociais a ser permanentemente aperfeiçoado até a afirmação plena da cidadania, um enfrentamento, sempre protelado se faz necessário: julgar e processar os violadores dos direitos humanos durante o regime militar.
Como a história é entendida a partir de recortes da memória, os embates travados, em 2008, entre a Advocacia-Geral da União (AGU), que produziu parecer favorável a torturadores, e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que considera o crime de tortura imprescritível, deixam evidente que, ao contrário de países vizinhos, ainda não há no governo brasileiro uma leitura atualizada da Lei da Anistia¹, sancionada em plena ditadura.
Falta, como destaca Glenda Mezarobba, professora da Unicamp, "uma interpretação sob a ótica dos direitos humanos e do direito internacional que afirma que não há anistia para crimes como a tortura".
Não punir torturadores é usar o esquecimento como princípio organizador da ação jurídico-política. É tomar o torturado como um corpo sobre o qual se pode agir perpetuamente, já que simbolicamente continua detido. Sob o manto da impunidade dos seus algozes, permanece suspenso em um pau de arara, enevoado pela cortina de uma ideologia autoritária que impossibilita a plenitude democrática. Não lhe é negada apenas a restituição da dignidade, mas a história do seu tempo, aquilo que dá sentido à vida e às lutas nela travadas. É chaga que não fecha. Personifica, perigosamente, o princípio da impunidade para o torturador que, pela sua natureza e magnitude, agravou a consciência ética da humanidade.
A ditadura nasceu e se afirmou como contrarrevolução. Expressou, como definiu Otávio Ianni, a reação de um novo bloco de poder às reivindicações, lutas e conquistas de operários, camponeses e militares de baixa patente. "Em geral, os golpistas estavam combatendo propostas e realizações de movimentos e governos reformistas". Para tanto, o poder estatal alargou sua ação por todos os círculos da vida nacional, anulando o espaço do privado. O terror e a barbárie espalharam-se pelo tecido da sociedade civil até os mais distantes recantos e poros. Esgotado seu ciclo, por não ter sido enfrentado pelo Estado democrático, sobre ele paira como espectro.
Como noticiou o Jornal do Brasil, "no salão nobre do Clube Militar, generais, brigadeiros e almirantes comemoram o aniversário da chamada por eles Revolução Democrática de 31 de março de 1964". O general Gilberto Figueiredo disse que via as manifestações de protesto dos estudantes "como direito de se manifestar e de interpretarem como querem, é o direito à liberdade".
É uma observação incompleta. Como afirmou Herbert Marcuse, "esquecer é também perdoar o que não seria perdoado se a justiça e a liberdade prevalecessem. Esse perdão reproduz as condições que reproduzem injustiça e escravidão: esquecer o sofrimento passado é perdoar as forças que o causaram – sem derrotar essas forças".


Até quando o general festejará as luzes que permanecem acesas nos porões?


¹ Lei que perdoava todos os envolvidos no Regime Militar Brasileiro 1964-1985 (torturadores e torturados).
*
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Reposição das Aulas de História 3º Noturno

Colégio Hermann Spethmann - CHS
Disciplina: História
Educador: Luiz Fernando de Carlo
Turma: 3º Matutino
Educando:
Data de Entrega dia 12/10/09.

A partir da leitura do texto desenvolva uma redação abordando semelhanças e diferenças da política latifundiária adotada pelos governantes no período da "GUERRA DO CONTESTADO" e os dias de hoje, texto digitado em letra arial ou times nº 12, mínimo 20 linhas.

Tema: GUERRA DO CONTESTADO - HISTÓRIA DO BRASIL REPÚBLICA

A região denominada "Contestado" abrangia cerca de 40.000 Km2 entre os atuais estados de Santa Catarina e Paraná, disputada por ambos, uma vez que até o início deste século a fronteira não havia sido demarcada. As cidades desta região foram palco de um dos mais importantes movimentos sociais do país.

A formação da Região

A região do interior de Santa Catarina e Paraná desenvolveu-se muito lentamente a partir do século XVIII, como rota de tropeiros que partiam do Rio Grande do Sul em direção à São Paulo.
No século XIX algumas poucas cidades haviam se desenvolvido, principalmente por grupos provenientes do Rio Grande, após a Guerra dos Farrapos, dando origem a uma sociedade baseada no latifúndio, no apadrinhamento e na violência. Após a Proclamação da República, com a maior autonomia dos estados, desenvolveu-se o coronelismo, cada cidade possuía seu chefe local, grande proprietário, que utilizava-se de jagunços e agregados para manter e ampliar seus "currais eleitorais", influenciando a vida política estadual. Havia ainda as disputas entre os coronéis, envolvendo as disputas por terras ou pelo controle político no estado.
Em 1908 a empresa norte americana Brazil Railway Company recebeu do governo federal uma faixa de terra de 30Km de largura, cortando os 4 estados do sul do país, para a construção de uma ferrovia que ligaria o Rio Grande do Sul a São Paulo e ao mesmo tempo, a outra empresa coligada passaria a explorar e comercializar a madeira da região, com o direito de revender as terras desapropriadas ao longo da ferrovia.

A Situação Social

Enquanto os latifundiários e as empresas norte americanas passaram a controlar a economia local, formou-se uma camada composta por trabalhadores braçais, caracterizada pela extrema pobreza, agravada ainda mais com o final da construção da ferrovia em 1910, elevando o nível de desemprego e de marginalidade social. Essa camada prendia-se cada vez mais ao mandonismo dos coronéis e da rígida estrutura fundiária, que não alimentava nenhuma perspectiva de alteração da situação vigente. Esses elementos, somados a ignorância, determinaram o desenvolvimento de grande religiosidade, misticismo e messianismo.

O Messianismo na Região


Os movimentos messiânicos são aqueles que se apegam a um líder religioso ou espiritual, um messias, que passa a ser considerado "aquele que guia em direção à salvação". Os "líderes messiânicos" conquistam prestígio dando conselhos, ajudando necessitados e curando doentes, sem nenhuma pretensão material, identificando-se do ponto de vista sócio econômico com as camadas populares. Na região sul, a ação dos "monges" caracterizou o messianismo, sendo que o mais importante foi o monge João Maria, que teve importante presença no final do século passado, época da Revolução Federalista (1893-95).



O monge João Maria


Durante muitos anos apareceram e desapareceram diversos "monges", confundidos com o próprio João Maria. Em 1912 surgiu na cidade de Campos Novos, no interior de Santa Catarina, o monge José Maria. Aconselhando e curando doentes a fama do â??mongeâ?? cresceu, a ponto de receber a proteção de um dos mais importantes coronéis da região, Francisco de Almeida. Vivendo em terras do coronel, o monge recebia a visita de dezenas de pessoas diariamente, provenientes de diversas cidades do interior. Proteger o monge passou a ser sinal de prestígio político, por isso, a transferência de José Maria para a cidade de Taquaruçu, em terras do coronel Henrique de Almeida, agudizou as disputas políticas na região, levando seu adversário, o coronel Francisco de Albuquerque, a alertar as autoridades estaduais sobre o desenvolvimento de uma "comunidade de fanáticos" na região.
Durante sua estada em Taquaruçu, José Maria organizou uma comunidade denominada "Quadro Santo", liderada por um grupo chamado "Os Doze pares de França", numa alusão à cavalaria de Carlos Magno na Idade Média, e posteriormente fundou a "Monarquia Celestial".


Caboclos armados


O Confronto (1912-16)

Ao iniciar a Segunda década do século, o país era governado pelo Marechal Hermes da Fonseca, responsável pela "Política das Salvações", caracterizada pelas intervenções político-militares em diversos estados do país, pretendendo eliminar seus adversários políticos. Além da postura autoritária e repressiva do Estado, encontramos outros elementos contrários ao messianismo, como os interesses locais dos coronéis e a postura da Igreja Católica no sentido de combater os líderes "fanáticos".
O primeiro conflito armado ocorreu na região de Irani, ao sul de Palmas, quando foi morto José Maria, apesar de as tropas estaduais terem sido derrotadas pelos caboclos. Os seguidores do monge, incluindo alguns fazendeiros reorganizaram o "Quadro Santo" e a Monarquia Celestial; acreditavam que o líder ressuscitaria e o misticismo expandiu-se com grande rapidez. Os caboclos condenavam a república, associando-a ao poder dos coronéis e ao poder da Brazil Railway.


Grupo de soldados federais


No final de 1913 um novo ataque foi realizado, contando com tropas federais e estaduais que, derrotadas, deixaram para trás armas e munição. Em fevereiro do ano seguinte, mais de 700 soldados atacaram o arraial de Taquaruçu, matando dezenas de pessoas. De março a maio outras expedições foram realizadas, porém sem sucesso.
A organização das Irmandades continuou a se desenvolver e os sertanejos passaram a Ter uma atitude mais ofensiva. Sua principal líder era uma jovem de 15 anos, Maria Rosa, que dizia receber ordens de José Maria. Em 1° de setembro foi lançado o Manifesto Monarquista e a partir de então iniciou-se a "Guerra Santa", caracterizada por saques e invasões de propriedades e por um discurso que vinculava pobreza e exploração à República.
A partir de dezembro de 1914 iniciou-se o ataque final, comandado pelo General Setembrino de Carvalho, mandado do Rio de Janeiro a frente das tropas federais, ampliada por soldados do Paraná e de Santa Catarina. O cerco à região de Santa Maria determinou grande mortalidade causada pela fome e pela epidemia de tifo, forçando parte dos sertanejos a renderem-se, sendo que os redutos "monarquistas" foram sucessivamente arrasados.
O último líder do â??Contestadoâ??, Deodato Manuel Ramos foi preso e condenado a 30 anos de prisão, tendo morrido em uma tentativa de fuga.
Depois de 4 anos de perseguições e de grande mortalidade, o movimento da região do Contestado foi desfeito, a fronteira entre os estados foi demarcada e consolidou-se o poder dos latifundiários no interior.
As fotos foram retiradas do livro "O CONTESTADO" de Eduardo José Afonso, Editora Ática, Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras.



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Reposição das Aulas de História 3º Matutino

Colégio Hermann Spethmann - CHS
Disciplina: História

Educador: Luiz Fernando de Carlo
Turma: 3º Matutino
Educando:
Data de Entrega dia 18/09/09.

Tema: Proclamação da República e República da Espada.

A partir da leitura do texto desenvolva uma redação abordando semelhanças e diferenças da política adotada pelos governantes no período da "Proclamação da República e República da Espada" e os dias de hoje, texto digitado em letra arial ou times nº 12, mínimo 20 linhas.

O período compreendido entre a proclamação da República em 1889 e a Revolução de 1930, foi tradicionalmente denominado de República Velha.
Nos últimos anos, o termo vem gradualmente sendo substituído por Primeira República, porém, as interpretações sobre o período não sofreram alterações significativas.

Os Novos Atores

Nas últimas décadas do século XIX o regime monárquico viveu um processo constante de crise, refletindo o surgimento de novos interesses no país, associados a elite cafeeira, aos militares, às camadas urbanas e aos imigrantes, que representavam a nova força de trabalho.
O movimento que eliminou a monarquia no país foi comandado pelo exército, associado à elite agrária, particularmente os cafeicultores do oeste paulista. Estes últimos, há duas décadas haviam organizado um partido político, o PRP - Partido Republicano Paulista - que não apenas defendia o ideal republicano, mas também a fim da escravidão e o federalismo que garantiria a autonomia estadual. Foi desta maneira que a elite cafeeira procurou conquistar o apoio dos setores urbanos, de diferentes classes e das elites regionais.



Benjamin Constant


Apesar de dividido em facções, os republicanos históricos, chamados evolucionistas, eram predominantes e defendiam mudanças graduais, sem a participação popular no movimento, procurando marginaliza-la não só da ação, mas principalmente da construção do novo modelo político. Eram admitidos pelos monarquistas, pois defendiam o respeito a ordem pública, muitos eram cafeeicultores e alguns ainda possuiam escravos; julgavam que chegariam ao poder disputando as eleiçoes com os partidos tradicionais e percebiam a enorme importância que tinha o governo como instrumento de ação econômica. Seu principal líder era Quintino Bocaíuva.
Os militares por sua vez haviam angariado grande prestígio após a Guerra contra o Paraguai, momento a partir do qual o exército passou a se estruturar, destacando a importância das escolas militares, que foram responsáveis pela formação ideológica da maioria dos soldados, das grandes cidades, a partir da ideologia positivista, base para a participação política cada vez mais ativa dos militares.
Dentro do exército brasileiro destacou-se Benjamim Constant, professor da Escola Militar, acusava o ministério imperial de falta de patriotismo, por ter punido militares que se recusavam a capturar negros foragidos e criticavam pela imprensa os desmandos de políticos corruptos.
O positivismo é uma ideologia que desenvolveu-se na França e ganhou o mundo ocidental, tornando-se predominante já no final do século XIX. O nome vem da obra de Augusto Comte, "Filosofia Positiva", quando o autor faz uma análise sobre o desenvolvimento de seu país ao longo do século, atribuído à indústria e a elite industrial, grupo esclarecido e capacitado, que, se foi o responsável pelo progresso econômico, deveria ser o responsável pelo controle do Estado. Para Comte, caberia a elite governar, enquanto caberia ao povo trabalhar. Trabalhar sem reivindicar, sem se organizar e sem protestar, pois "só o trabalho em ordem é que pode determinar o Progresso", nascendo daí o lema de sua filosofia, que os militares escreveram na bandeira brasileira, após o golpe de 15 de novembro.
Existe uma tendência de se considerar que "os militares" proclamaram a República, ou que, sem os militares, não haveria república.
Primeiro é importante lembrar que havia nas camadas urbanas uma forte disposição a favor do movimento republicano; segundo, já vimos que havia um forte partido político, representando a nova elite agrária, disposta a chegar ao poder, mesmo de forma moderada; terceiro, é necessário lembrar que, apesar de existir o "espírito de corpo" entre os militares e que a ideologia positivista era cada vez mais forte dentro do exército, este encontrava-se dividido e existiam as disputas internas ao mesmo.
Os militares, de uma forma geral, rechaçavam os políticos civis, porém perceberam que era necessária uma aliança com os evolucionistas, pois garantiriam dessa maneira o fim da monarquia, mas a manutenção da "ordem".



Marechal Deodoro


Monarquista convicto, Deodoro enfrentava problemas políticos com parte do ministério imperial e também dentro do exército. Participou do movimento republicano a partir da crença de que D. Pedro II já não governava e que o ministério comandado por Ouro Preto pretendia fortalecer a Guarda Nacional, e enfraquecer o exército.
No dia 11 de novembro civis e militares organizaram o levante, cuja idéia encontrou a oposição de Floriano Peixoto.
O governo provisório criado após o golpe, foi comandado pelo Marechal Deodoro da Fonseca

A ESPADA

República da Espada foi a denominação dada ao período que compreende desde 15 de novembro até o final do governo do Marechal Floriano Peixoto, em 1894. Durante este período, dois militares governaram o país; daí a origem do nome: espada.
No entanto, apesar de Deodoro e Floriano serem homens do exército e possuírem o "espírito de corpo" do militar, não podemos dizer que tivemos no Brasil dois governos militares, mesmo considerando a tendência centralizadora dos mesmos.



Bandeira provisória da República, que foi adotada durante 4 dias apenas


Apesar das contradições que marcaram esses dois primeiros governos do Brasil republicano, e de, muitos pretenderem a continuidade do "poder militar", a renúncia de Deodoro e a retirada de Floriano, mostram a força dos grandes cafeeicultores e de setores ligados a exportação. Esa força se mostrava crescente desde a proclamação da República e era percebida também entre os políticos civis: a política "industrialista" de Rui Barbosa, baseada no emissionismo, encontrou forte oposição das oligarquias, principalmente a paulista
Durante o governo provisório, encabeçado pelo marechal Deodoro, o país conheceu um processo de "modernização institucional", destacando-se a separação entre Estado e Igreja, sendo que muitas funções civis, até então controladas pela Igreja Católica, passaram para o poder público; ao mesmo tempo os deputados elaboravam a nova constituição, que foi promulgada em fevereiro de 1891, consagrando em seus pontos fundamentais:
  • O federalismo, que garantia autonomia aos estados para elaborar sua própria Constituição, eleger seu governador, realizar empréstimos no exterior, decretar impostos e possuir suas próprias forças militares;
  • O presidencialismo, o chefe da federação seria o Presidente da República, com poderes para intervir nos estados quando houvesse um tendência separatista, invasão estrangeira ou conflitos entre os estados;
  • O regime representativo, o Presidente da República e os governadores estaduais, assim como todos os membros do Poder Legislativo, em todos os níveis, seriam eleitos diretamente pelo povo, excluídos os analfabetos, as mulheres, os soldados, e os menores de idade.

    A Crise Política

    Promulgada a Constitiuição, Deodoro foi eleito pelo Congresso Nacional numa votação marcada por ameaças de intervenção militar. No entanto, neste episódio percebe-se que o próprio exército não era uma força coesa, pois o Marechal Floriano concorreu a Vice presidente apoiando o candidato das oligarquias, Prudente de Moraes. Apesar da derrota de Prudente, o marechal Floriano foi eleito vice presidente. (Pela Constituição de 1891 a eleição para presidente e vice eram separadas e podiam ser eleitos candidatos de chapas diferentes). Durante o governo Deodoro a crise política agravou-se e foi marcada de um lado pelo autoritarismo e pelo centralismo de Deodoro, e por outro, pela oposição exercida pelos grandes fazendeiros através do Congresso Nacional, apoiados por parte do exército. Em novembro de 1891 Deodoro decretou o fechamento do Congresso Nacional, dois pretextos foram utilizados, a aprovação da Lei de Responsabilidade do presidente da República, que poderia sofrer impeachement e ser afastado do cargo, em certos casos e a greve da Central do Brasil; porém, sem apoio social, e sofrendo forte oposição da Marinha, não conseguiu manter o poder, renunciando no dia 23 do mesmo mês.



    Floriano Peixoto


    O governo de Floriano Peixoto foi marcado pelo apoio do Congresso Nacional ao presidente, que, apesar de centralizador e autoritário, governou para fazer valer a Constituição recem promulgada e consolidar a República.
    Do ponto de vista econômico herdou a inflação provocada pelo encilhamento e executou timidamente medidas protecionistas em relação à indústria, assim como a facilitação ao crédito, com a preocupação de controlar a especulação. Do ponto de vista político, reprimiu as principais revoltas que ocorreram no país e foram apresentadas como subversivas ou monarquistas: a Revolta da Armada e a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul.
    O fato de ser encarado como responsável por consolidar a República não significa que seu governo tenha sido marcado pela estabilidade. Ao contrário, várias manifestações contrárias ao governo ocorreram. No início de seu governo, o Marechal Floriano enfrentou oposição dentro do próprio exército, marcada pelo manifesto dos 13 generais, que contestava a legitimidade de seu governo, ao mesmo tempo, enfrentava os problemas derivados dos estados, onde as oligarquias locais disputavam o poder e uma fatia dos benefícios econômicos que pudessem ser retirados do governo federal.
    A principal rebelião regional ocorreu no Rio Grande do Sul, onde a luta pelo poder colocou frente a frente os pica-paus, "repúblicanos históricos" liderados por Júlio de Castilhos, e os maragatos, liderados pelo monarquista Silveira Martins, do Partido Federalista Brasileiro.
    Os maragatos eram defensores de uma reforma constitucional, adotando-se o parlamentarismo e opunham-se ao governo de caráter ditatorial de Júlio de Castilhos.
    Floriano pendeu para o lado dos pica-paus, apesar de Castilhos ter apoiado o golpe de Deodoro em 1891. Floriano precisava do apoio da bancada gaúcha no Congresso Nacional.



    Custódio de Melo


    Em setembro de 1893 começou a Segunda Revolta da Armada, com o Almirante Custódio de Melo tentando reeditar o movimento que culminou com a renúncia de Deodoro. Apoiado no exército e no Congresso Nacional que votou o "estado de sítio", o presidente executou forte repressão aos revoltosos, que se retiraram para o sul e instalaram um governo em Desterro, capital de Santa Catarina; em outubro as forças da marinha se unem aos federalistas do Rio Grande do Sul e no início do ano seguinte dominam Curitiba.
    A repressão do governo caracterizou-se pela extrema violência, e tanto os marinheiros como os federalistas gaúchos foram derrotados, ampliando o prestígio e poder de Floriano. Mesmo tentado a permanecer no poder, Floriano percebeu que não teria o apoio da elite cafeeira de São Paulo e que não conseguiria enfrentar a elite econômica do país. Com a posse de Prudente de Moraes terminava a "República da Espada".

  • By http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=357


    "Não tenho medo das palavras dos violentos, e sim do silêncio dos honestos"
    Martim Luther King

    terça-feira, 8 de setembro de 2009

    Reposição das aulas de Física do 3° matutino

    COLÉGIO HERMANN SPETHMANN
    Professor: SIDNEI FERREIRA
    Disciplina: FÍSICA
    Data da 1° Entrega dos trabalhos :14/09/2009


    PLANEJAMENTO DA AULA DO TERCEIRÃO


    1) Desenvolvimento
    Para recuperar os dias da paralização referente a gripe A.
    Os alunos irão assistir o DVD da aula 54 (Efeito Joule Potencial Elétrica), conforme combinado em sala de aula. Após farão levantamentos dos equipamentos elétricos que possuem em suas casas. Anotando de cada um seu potencial elétrico, para calcular o consumo de energia que cada um consome pressuposto por uma hora. Também irão, através do calculo, saber qual o equipamento de maior consumo que possuem em sua casa. Apresentarão em forma de tabela, por ordem crescente de consumo de energia, todos os equipamentos calculados.
    Esta pesquisa levantada pelos alunos individual, será entrega por escrito para o professor analisar, e avaliar.
    Já no segundo passo, o professor entregará os trabalhos para os alunos. Neste momento formarão grupos de cinco membros. Na qual discutirão no grupo, sobre o consumo de energia, quais as fontes renováveis, os tipos de segurança que se deve ter com as correntes elétricas (energia). Apresentarão para o grande grupo, suas idéias e seu trabalho desenvolvido.Nesta parte entrara também, sobre o aquecimento global, mudanças de horários no verão.O que tem haver com o consumo de energia?
    No terceiro passo trabalharão, a conscientização do consumo de energia, através de apresentação em forma de cartazes e vídeos ,para as turmas das demais series.

    2) Objetivo

    Adquirir conhecimentos sobre, o calculo de consumo de energia, os tipos de energia existentes, e as energias renováveis. A conscientização em casa, na escola e no trabalho. Principalmente trabalho e novas idéias para o colégio.


    3) Avaliação

    Será, processual, desde o desenvolvimento dos trabalhos escritos, apresentados, como também, suas idéias de criatividade.


    “Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei de que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos no coração das pessoas”.