quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Tortura em transe

Não punir torturadores é usar o esquecimento como princípio organizador da ação jurídico-política. É tomar o torturado como um corpo sobre o qual se pode agir perpetuamente, já que simbolicamente continua detido.



Há pouco tempo, o historiador Eric Hobsbawm, em entrevista publicada no jornal argentino Página 12, disse que o presidente Lula "é o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil", pois "lá existem muitos pobres e ninguém jamais fez tanta coisa por eles". Análise precisa ou arroubo produzido por afinidade ideológica? Nem uma coisa, nem outra. A história em movimento não comporta conclusões apressadas. Os avanços são inegáveis, mas ainda temos um bom pedaço de chão pela frente.

Se o que queremos é consolidar a democracia política como valor permanente, como conjunto de relações sociais a ser permanentemente aperfeiçoado até a afirmação plena da cidadania, um enfrentamento, sempre protelado se faz necessário: julgar e processar os violadores dos direitos humanos durante o regime militar.
Como a história é entendida a partir de recortes da memória, os embates travados, em 2008, entre a Advocacia-Geral da União (AGU), que produziu parecer favorável a torturadores, e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que considera o crime de tortura imprescritível, deixam evidente que, ao contrário de países vizinhos, ainda não há no governo brasileiro uma leitura atualizada da Lei da Anistia¹, sancionada em plena ditadura.
Falta, como destaca Glenda Mezarobba, professora da Unicamp, "uma interpretação sob a ótica dos direitos humanos e do direito internacional que afirma que não há anistia para crimes como a tortura".
Não punir torturadores é usar o esquecimento como princípio organizador da ação jurídico-política. É tomar o torturado como um corpo sobre o qual se pode agir perpetuamente, já que simbolicamente continua detido. Sob o manto da impunidade dos seus algozes, permanece suspenso em um pau de arara, enevoado pela cortina de uma ideologia autoritária que impossibilita a plenitude democrática. Não lhe é negada apenas a restituição da dignidade, mas a história do seu tempo, aquilo que dá sentido à vida e às lutas nela travadas. É chaga que não fecha. Personifica, perigosamente, o princípio da impunidade para o torturador que, pela sua natureza e magnitude, agravou a consciência ética da humanidade.
A ditadura nasceu e se afirmou como contrarrevolução. Expressou, como definiu Otávio Ianni, a reação de um novo bloco de poder às reivindicações, lutas e conquistas de operários, camponeses e militares de baixa patente. "Em geral, os golpistas estavam combatendo propostas e realizações de movimentos e governos reformistas". Para tanto, o poder estatal alargou sua ação por todos os círculos da vida nacional, anulando o espaço do privado. O terror e a barbárie espalharam-se pelo tecido da sociedade civil até os mais distantes recantos e poros. Esgotado seu ciclo, por não ter sido enfrentado pelo Estado democrático, sobre ele paira como espectro.
Como noticiou o Jornal do Brasil, "no salão nobre do Clube Militar, generais, brigadeiros e almirantes comemoram o aniversário da chamada por eles Revolução Democrática de 31 de março de 1964". O general Gilberto Figueiredo disse que via as manifestações de protesto dos estudantes "como direito de se manifestar e de interpretarem como querem, é o direito à liberdade".
É uma observação incompleta. Como afirmou Herbert Marcuse, "esquecer é também perdoar o que não seria perdoado se a justiça e a liberdade prevalecessem. Esse perdão reproduz as condições que reproduzem injustiça e escravidão: esquecer o sofrimento passado é perdoar as forças que o causaram – sem derrotar essas forças".


Até quando o general festejará as luzes que permanecem acesas nos porões?


¹ Lei que perdoava todos os envolvidos no Regime Militar Brasileiro 1964-1985 (torturadores e torturados).
*
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Reposição das Aulas de História 3º Noturno

Colégio Hermann Spethmann - CHS
Disciplina: História
Educador: Luiz Fernando de Carlo
Turma: 3º Matutino
Educando:
Data de Entrega dia 12/10/09.

A partir da leitura do texto desenvolva uma redação abordando semelhanças e diferenças da política latifundiária adotada pelos governantes no período da "GUERRA DO CONTESTADO" e os dias de hoje, texto digitado em letra arial ou times nº 12, mínimo 20 linhas.

Tema: GUERRA DO CONTESTADO - HISTÓRIA DO BRASIL REPÚBLICA

A região denominada "Contestado" abrangia cerca de 40.000 Km2 entre os atuais estados de Santa Catarina e Paraná, disputada por ambos, uma vez que até o início deste século a fronteira não havia sido demarcada. As cidades desta região foram palco de um dos mais importantes movimentos sociais do país.

A formação da Região

A região do interior de Santa Catarina e Paraná desenvolveu-se muito lentamente a partir do século XVIII, como rota de tropeiros que partiam do Rio Grande do Sul em direção à São Paulo.
No século XIX algumas poucas cidades haviam se desenvolvido, principalmente por grupos provenientes do Rio Grande, após a Guerra dos Farrapos, dando origem a uma sociedade baseada no latifúndio, no apadrinhamento e na violência. Após a Proclamação da República, com a maior autonomia dos estados, desenvolveu-se o coronelismo, cada cidade possuía seu chefe local, grande proprietário, que utilizava-se de jagunços e agregados para manter e ampliar seus "currais eleitorais", influenciando a vida política estadual. Havia ainda as disputas entre os coronéis, envolvendo as disputas por terras ou pelo controle político no estado.
Em 1908 a empresa norte americana Brazil Railway Company recebeu do governo federal uma faixa de terra de 30Km de largura, cortando os 4 estados do sul do país, para a construção de uma ferrovia que ligaria o Rio Grande do Sul a São Paulo e ao mesmo tempo, a outra empresa coligada passaria a explorar e comercializar a madeira da região, com o direito de revender as terras desapropriadas ao longo da ferrovia.

A Situação Social

Enquanto os latifundiários e as empresas norte americanas passaram a controlar a economia local, formou-se uma camada composta por trabalhadores braçais, caracterizada pela extrema pobreza, agravada ainda mais com o final da construção da ferrovia em 1910, elevando o nível de desemprego e de marginalidade social. Essa camada prendia-se cada vez mais ao mandonismo dos coronéis e da rígida estrutura fundiária, que não alimentava nenhuma perspectiva de alteração da situação vigente. Esses elementos, somados a ignorância, determinaram o desenvolvimento de grande religiosidade, misticismo e messianismo.

O Messianismo na Região


Os movimentos messiânicos são aqueles que se apegam a um líder religioso ou espiritual, um messias, que passa a ser considerado "aquele que guia em direção à salvação". Os "líderes messiânicos" conquistam prestígio dando conselhos, ajudando necessitados e curando doentes, sem nenhuma pretensão material, identificando-se do ponto de vista sócio econômico com as camadas populares. Na região sul, a ação dos "monges" caracterizou o messianismo, sendo que o mais importante foi o monge João Maria, que teve importante presença no final do século passado, época da Revolução Federalista (1893-95).



O monge João Maria


Durante muitos anos apareceram e desapareceram diversos "monges", confundidos com o próprio João Maria. Em 1912 surgiu na cidade de Campos Novos, no interior de Santa Catarina, o monge José Maria. Aconselhando e curando doentes a fama do â??mongeâ?? cresceu, a ponto de receber a proteção de um dos mais importantes coronéis da região, Francisco de Almeida. Vivendo em terras do coronel, o monge recebia a visita de dezenas de pessoas diariamente, provenientes de diversas cidades do interior. Proteger o monge passou a ser sinal de prestígio político, por isso, a transferência de José Maria para a cidade de Taquaruçu, em terras do coronel Henrique de Almeida, agudizou as disputas políticas na região, levando seu adversário, o coronel Francisco de Albuquerque, a alertar as autoridades estaduais sobre o desenvolvimento de uma "comunidade de fanáticos" na região.
Durante sua estada em Taquaruçu, José Maria organizou uma comunidade denominada "Quadro Santo", liderada por um grupo chamado "Os Doze pares de França", numa alusão à cavalaria de Carlos Magno na Idade Média, e posteriormente fundou a "Monarquia Celestial".


Caboclos armados


O Confronto (1912-16)

Ao iniciar a Segunda década do século, o país era governado pelo Marechal Hermes da Fonseca, responsável pela "Política das Salvações", caracterizada pelas intervenções político-militares em diversos estados do país, pretendendo eliminar seus adversários políticos. Além da postura autoritária e repressiva do Estado, encontramos outros elementos contrários ao messianismo, como os interesses locais dos coronéis e a postura da Igreja Católica no sentido de combater os líderes "fanáticos".
O primeiro conflito armado ocorreu na região de Irani, ao sul de Palmas, quando foi morto José Maria, apesar de as tropas estaduais terem sido derrotadas pelos caboclos. Os seguidores do monge, incluindo alguns fazendeiros reorganizaram o "Quadro Santo" e a Monarquia Celestial; acreditavam que o líder ressuscitaria e o misticismo expandiu-se com grande rapidez. Os caboclos condenavam a república, associando-a ao poder dos coronéis e ao poder da Brazil Railway.


Grupo de soldados federais


No final de 1913 um novo ataque foi realizado, contando com tropas federais e estaduais que, derrotadas, deixaram para trás armas e munição. Em fevereiro do ano seguinte, mais de 700 soldados atacaram o arraial de Taquaruçu, matando dezenas de pessoas. De março a maio outras expedições foram realizadas, porém sem sucesso.
A organização das Irmandades continuou a se desenvolver e os sertanejos passaram a Ter uma atitude mais ofensiva. Sua principal líder era uma jovem de 15 anos, Maria Rosa, que dizia receber ordens de José Maria. Em 1° de setembro foi lançado o Manifesto Monarquista e a partir de então iniciou-se a "Guerra Santa", caracterizada por saques e invasões de propriedades e por um discurso que vinculava pobreza e exploração à República.
A partir de dezembro de 1914 iniciou-se o ataque final, comandado pelo General Setembrino de Carvalho, mandado do Rio de Janeiro a frente das tropas federais, ampliada por soldados do Paraná e de Santa Catarina. O cerco à região de Santa Maria determinou grande mortalidade causada pela fome e pela epidemia de tifo, forçando parte dos sertanejos a renderem-se, sendo que os redutos "monarquistas" foram sucessivamente arrasados.
O último líder do â??Contestadoâ??, Deodato Manuel Ramos foi preso e condenado a 30 anos de prisão, tendo morrido em uma tentativa de fuga.
Depois de 4 anos de perseguições e de grande mortalidade, o movimento da região do Contestado foi desfeito, a fronteira entre os estados foi demarcada e consolidou-se o poder dos latifundiários no interior.
As fotos foram retiradas do livro "O CONTESTADO" de Eduardo José Afonso, Editora Ática, Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras.



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Reposição das Aulas de História 3º Matutino

Colégio Hermann Spethmann - CHS
Disciplina: História

Educador: Luiz Fernando de Carlo
Turma: 3º Matutino
Educando:
Data de Entrega dia 18/09/09.

Tema: Proclamação da República e República da Espada.

A partir da leitura do texto desenvolva uma redação abordando semelhanças e diferenças da política adotada pelos governantes no período da "Proclamação da República e República da Espada" e os dias de hoje, texto digitado em letra arial ou times nº 12, mínimo 20 linhas.

O período compreendido entre a proclamação da República em 1889 e a Revolução de 1930, foi tradicionalmente denominado de República Velha.
Nos últimos anos, o termo vem gradualmente sendo substituído por Primeira República, porém, as interpretações sobre o período não sofreram alterações significativas.

Os Novos Atores

Nas últimas décadas do século XIX o regime monárquico viveu um processo constante de crise, refletindo o surgimento de novos interesses no país, associados a elite cafeeira, aos militares, às camadas urbanas e aos imigrantes, que representavam a nova força de trabalho.
O movimento que eliminou a monarquia no país foi comandado pelo exército, associado à elite agrária, particularmente os cafeicultores do oeste paulista. Estes últimos, há duas décadas haviam organizado um partido político, o PRP - Partido Republicano Paulista - que não apenas defendia o ideal republicano, mas também a fim da escravidão e o federalismo que garantiria a autonomia estadual. Foi desta maneira que a elite cafeeira procurou conquistar o apoio dos setores urbanos, de diferentes classes e das elites regionais.



Benjamin Constant


Apesar de dividido em facções, os republicanos históricos, chamados evolucionistas, eram predominantes e defendiam mudanças graduais, sem a participação popular no movimento, procurando marginaliza-la não só da ação, mas principalmente da construção do novo modelo político. Eram admitidos pelos monarquistas, pois defendiam o respeito a ordem pública, muitos eram cafeeicultores e alguns ainda possuiam escravos; julgavam que chegariam ao poder disputando as eleiçoes com os partidos tradicionais e percebiam a enorme importância que tinha o governo como instrumento de ação econômica. Seu principal líder era Quintino Bocaíuva.
Os militares por sua vez haviam angariado grande prestígio após a Guerra contra o Paraguai, momento a partir do qual o exército passou a se estruturar, destacando a importância das escolas militares, que foram responsáveis pela formação ideológica da maioria dos soldados, das grandes cidades, a partir da ideologia positivista, base para a participação política cada vez mais ativa dos militares.
Dentro do exército brasileiro destacou-se Benjamim Constant, professor da Escola Militar, acusava o ministério imperial de falta de patriotismo, por ter punido militares que se recusavam a capturar negros foragidos e criticavam pela imprensa os desmandos de políticos corruptos.
O positivismo é uma ideologia que desenvolveu-se na França e ganhou o mundo ocidental, tornando-se predominante já no final do século XIX. O nome vem da obra de Augusto Comte, "Filosofia Positiva", quando o autor faz uma análise sobre o desenvolvimento de seu país ao longo do século, atribuído à indústria e a elite industrial, grupo esclarecido e capacitado, que, se foi o responsável pelo progresso econômico, deveria ser o responsável pelo controle do Estado. Para Comte, caberia a elite governar, enquanto caberia ao povo trabalhar. Trabalhar sem reivindicar, sem se organizar e sem protestar, pois "só o trabalho em ordem é que pode determinar o Progresso", nascendo daí o lema de sua filosofia, que os militares escreveram na bandeira brasileira, após o golpe de 15 de novembro.
Existe uma tendência de se considerar que "os militares" proclamaram a República, ou que, sem os militares, não haveria república.
Primeiro é importante lembrar que havia nas camadas urbanas uma forte disposição a favor do movimento republicano; segundo, já vimos que havia um forte partido político, representando a nova elite agrária, disposta a chegar ao poder, mesmo de forma moderada; terceiro, é necessário lembrar que, apesar de existir o "espírito de corpo" entre os militares e que a ideologia positivista era cada vez mais forte dentro do exército, este encontrava-se dividido e existiam as disputas internas ao mesmo.
Os militares, de uma forma geral, rechaçavam os políticos civis, porém perceberam que era necessária uma aliança com os evolucionistas, pois garantiriam dessa maneira o fim da monarquia, mas a manutenção da "ordem".



Marechal Deodoro


Monarquista convicto, Deodoro enfrentava problemas políticos com parte do ministério imperial e também dentro do exército. Participou do movimento republicano a partir da crença de que D. Pedro II já não governava e que o ministério comandado por Ouro Preto pretendia fortalecer a Guarda Nacional, e enfraquecer o exército.
No dia 11 de novembro civis e militares organizaram o levante, cuja idéia encontrou a oposição de Floriano Peixoto.
O governo provisório criado após o golpe, foi comandado pelo Marechal Deodoro da Fonseca

A ESPADA

República da Espada foi a denominação dada ao período que compreende desde 15 de novembro até o final do governo do Marechal Floriano Peixoto, em 1894. Durante este período, dois militares governaram o país; daí a origem do nome: espada.
No entanto, apesar de Deodoro e Floriano serem homens do exército e possuírem o "espírito de corpo" do militar, não podemos dizer que tivemos no Brasil dois governos militares, mesmo considerando a tendência centralizadora dos mesmos.



Bandeira provisória da República, que foi adotada durante 4 dias apenas


Apesar das contradições que marcaram esses dois primeiros governos do Brasil republicano, e de, muitos pretenderem a continuidade do "poder militar", a renúncia de Deodoro e a retirada de Floriano, mostram a força dos grandes cafeeicultores e de setores ligados a exportação. Esa força se mostrava crescente desde a proclamação da República e era percebida também entre os políticos civis: a política "industrialista" de Rui Barbosa, baseada no emissionismo, encontrou forte oposição das oligarquias, principalmente a paulista
Durante o governo provisório, encabeçado pelo marechal Deodoro, o país conheceu um processo de "modernização institucional", destacando-se a separação entre Estado e Igreja, sendo que muitas funções civis, até então controladas pela Igreja Católica, passaram para o poder público; ao mesmo tempo os deputados elaboravam a nova constituição, que foi promulgada em fevereiro de 1891, consagrando em seus pontos fundamentais:
  • O federalismo, que garantia autonomia aos estados para elaborar sua própria Constituição, eleger seu governador, realizar empréstimos no exterior, decretar impostos e possuir suas próprias forças militares;
  • O presidencialismo, o chefe da federação seria o Presidente da República, com poderes para intervir nos estados quando houvesse um tendência separatista, invasão estrangeira ou conflitos entre os estados;
  • O regime representativo, o Presidente da República e os governadores estaduais, assim como todos os membros do Poder Legislativo, em todos os níveis, seriam eleitos diretamente pelo povo, excluídos os analfabetos, as mulheres, os soldados, e os menores de idade.

    A Crise Política

    Promulgada a Constitiuição, Deodoro foi eleito pelo Congresso Nacional numa votação marcada por ameaças de intervenção militar. No entanto, neste episódio percebe-se que o próprio exército não era uma força coesa, pois o Marechal Floriano concorreu a Vice presidente apoiando o candidato das oligarquias, Prudente de Moraes. Apesar da derrota de Prudente, o marechal Floriano foi eleito vice presidente. (Pela Constituição de 1891 a eleição para presidente e vice eram separadas e podiam ser eleitos candidatos de chapas diferentes). Durante o governo Deodoro a crise política agravou-se e foi marcada de um lado pelo autoritarismo e pelo centralismo de Deodoro, e por outro, pela oposição exercida pelos grandes fazendeiros através do Congresso Nacional, apoiados por parte do exército. Em novembro de 1891 Deodoro decretou o fechamento do Congresso Nacional, dois pretextos foram utilizados, a aprovação da Lei de Responsabilidade do presidente da República, que poderia sofrer impeachement e ser afastado do cargo, em certos casos e a greve da Central do Brasil; porém, sem apoio social, e sofrendo forte oposição da Marinha, não conseguiu manter o poder, renunciando no dia 23 do mesmo mês.



    Floriano Peixoto


    O governo de Floriano Peixoto foi marcado pelo apoio do Congresso Nacional ao presidente, que, apesar de centralizador e autoritário, governou para fazer valer a Constituição recem promulgada e consolidar a República.
    Do ponto de vista econômico herdou a inflação provocada pelo encilhamento e executou timidamente medidas protecionistas em relação à indústria, assim como a facilitação ao crédito, com a preocupação de controlar a especulação. Do ponto de vista político, reprimiu as principais revoltas que ocorreram no país e foram apresentadas como subversivas ou monarquistas: a Revolta da Armada e a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul.
    O fato de ser encarado como responsável por consolidar a República não significa que seu governo tenha sido marcado pela estabilidade. Ao contrário, várias manifestações contrárias ao governo ocorreram. No início de seu governo, o Marechal Floriano enfrentou oposição dentro do próprio exército, marcada pelo manifesto dos 13 generais, que contestava a legitimidade de seu governo, ao mesmo tempo, enfrentava os problemas derivados dos estados, onde as oligarquias locais disputavam o poder e uma fatia dos benefícios econômicos que pudessem ser retirados do governo federal.
    A principal rebelião regional ocorreu no Rio Grande do Sul, onde a luta pelo poder colocou frente a frente os pica-paus, "repúblicanos históricos" liderados por Júlio de Castilhos, e os maragatos, liderados pelo monarquista Silveira Martins, do Partido Federalista Brasileiro.
    Os maragatos eram defensores de uma reforma constitucional, adotando-se o parlamentarismo e opunham-se ao governo de caráter ditatorial de Júlio de Castilhos.
    Floriano pendeu para o lado dos pica-paus, apesar de Castilhos ter apoiado o golpe de Deodoro em 1891. Floriano precisava do apoio da bancada gaúcha no Congresso Nacional.



    Custódio de Melo


    Em setembro de 1893 começou a Segunda Revolta da Armada, com o Almirante Custódio de Melo tentando reeditar o movimento que culminou com a renúncia de Deodoro. Apoiado no exército e no Congresso Nacional que votou o "estado de sítio", o presidente executou forte repressão aos revoltosos, que se retiraram para o sul e instalaram um governo em Desterro, capital de Santa Catarina; em outubro as forças da marinha se unem aos federalistas do Rio Grande do Sul e no início do ano seguinte dominam Curitiba.
    A repressão do governo caracterizou-se pela extrema violência, e tanto os marinheiros como os federalistas gaúchos foram derrotados, ampliando o prestígio e poder de Floriano. Mesmo tentado a permanecer no poder, Floriano percebeu que não teria o apoio da elite cafeeira de São Paulo e que não conseguiria enfrentar a elite econômica do país. Com a posse de Prudente de Moraes terminava a "República da Espada".

  • By http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=357


    "Não tenho medo das palavras dos violentos, e sim do silêncio dos honestos"
    Martim Luther King

    terça-feira, 8 de setembro de 2009

    Reposição das aulas de Física do 3° matutino

    COLÉGIO HERMANN SPETHMANN
    Professor: SIDNEI FERREIRA
    Disciplina: FÍSICA
    Data da 1° Entrega dos trabalhos :14/09/2009


    PLANEJAMENTO DA AULA DO TERCEIRÃO


    1) Desenvolvimento
    Para recuperar os dias da paralização referente a gripe A.
    Os alunos irão assistir o DVD da aula 54 (Efeito Joule Potencial Elétrica), conforme combinado em sala de aula. Após farão levantamentos dos equipamentos elétricos que possuem em suas casas. Anotando de cada um seu potencial elétrico, para calcular o consumo de energia que cada um consome pressuposto por uma hora. Também irão, através do calculo, saber qual o equipamento de maior consumo que possuem em sua casa. Apresentarão em forma de tabela, por ordem crescente de consumo de energia, todos os equipamentos calculados.
    Esta pesquisa levantada pelos alunos individual, será entrega por escrito para o professor analisar, e avaliar.
    Já no segundo passo, o professor entregará os trabalhos para os alunos. Neste momento formarão grupos de cinco membros. Na qual discutirão no grupo, sobre o consumo de energia, quais as fontes renováveis, os tipos de segurança que se deve ter com as correntes elétricas (energia). Apresentarão para o grande grupo, suas idéias e seu trabalho desenvolvido.Nesta parte entrara também, sobre o aquecimento global, mudanças de horários no verão.O que tem haver com o consumo de energia?
    No terceiro passo trabalharão, a conscientização do consumo de energia, através de apresentação em forma de cartazes e vídeos ,para as turmas das demais series.

    2) Objetivo

    Adquirir conhecimentos sobre, o calculo de consumo de energia, os tipos de energia existentes, e as energias renováveis. A conscientização em casa, na escola e no trabalho. Principalmente trabalho e novas idéias para o colégio.


    3) Avaliação

    Será, processual, desde o desenvolvimento dos trabalhos escritos, apresentados, como também, suas idéias de criatividade.


    “Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei de que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos no coração das pessoas”.

    segunda-feira, 7 de setembro de 2009

    REPOSIÇÃO CONTEÚDO DE FÍSICA – 3º ANO NOTURNO

    OBJETIVO: Entender os princípios do magnetismo através da construção de uma bússola.
    CONTEÚDO: Magnetismo
    ESTRATÉGIA: Construir uma bússola e explicar o funcionamento da mesma pelas leis do magnetismo.
    DATA DE ENTREGA: 24/09/09.


    HISTÓRIA DO MAGNETISMO

    Magnetismo é a parte da Física que estuda os materiais magnéticos, ou seja, que estuda materiais capazes de atrair ou repelir outros que ocorre com materiais eletricamente carregados.
    A primeira referência conhecida sobre uma substância capaz de atrair outras é a de Tales de Mileto. Em uma de suas viagens a Ásia (na época província da Grécia) para Magnésia (nome da região da Ásia) constatou que pequenas pedrinas estavam sendo atraídas na ponta de ferro do seu cajado. Então estudou tal fenômeno e descobriu o magnetismo e a eletricidade.
    Mas esse fenômeno nunca despertou um grande interesse, até o século XIII, quando a bússola passou a ser usada. Algumas pessoas tentaram explicar o magnetismo durante essa época, mas só no século XIX, quando Oersted iniciou o Eletromagnetismo e Maxwell formulou leis que descreviam esses fenômenos, que um estudo mais completo se iniciou.
    Atualmente, estudar isoladamente o magnetismo e o eletromagnetismo não faz muito sentido. Materiais magnéticos são amplamente utilizados em motoress, transformadores, dínamos, bobinas, etc, ou seja, em equipamentos elétricos e o próprio magnetismo é explicado em termos do movimento dos elétrons.
    O magnetismo está intimamente ligado ao movimento dos elétrons nos átomos, pois uma carga em movimento gera um campo magnético. O número e a maneira como os elétrons estão organizados nos átomos constituintes dos diversos materiais é que vai explicar o comportamento das substâncias quando sobre influência de um campo magnético de uma segunda substância (leia sobre a Teoria dos Spins).
    A maneira para determinar se um material é magnético ou não é colocá-lo sobre a influência de um campo magnético (campo criado pelo movimento de cargas elétricas). Se aparecerem forças, se trata de uma substância magnética. Isso é verdadeiro para todas as substâncias, mas em algumas o efeito é bem mais evidenciado, e essas são chamadas de magnéticas.
    Materiais diamagnéticos são aqueles que são ligeiramente repelidos pelos ímans. O campo magnético gerado pelo imã faz com que o movimento dos elétrons se altere, como se uma corrente elétrica estivesse passando pelo material, e assim gerando um outro campo magnético. Esse campo se alinha em direção oposta ao do imã, e isso causa a repulsão.
    Os paramagnéticos são os materiais que são ligeiramente atraídos pelos imãs. Eles possuem elétrons desemparelhados que se movem na direção do campo magnético, diminuindo a energia. Sem a influência do campo, o material mantém os spins de seus elétrons orientados aleatoriamente. Essa última frase é a que diferencia as substâncias paramagnéticas das ferromagnéticas. Essas últimas mantêm os spins de seus elétrons alinhados da mesma maneira, mesmo que sejam retiradas da influência do campo magnético. Esse alinhamento produz um outro campo e por isso materiais ferromagnéticos são usados para produzir magnetos permanentes. Materiais ferromagnéticos são: O Ferro, o Níquel, o Cobalto e ligas que contenham, pelo menos um desses elementos.
    Os materiais diamagnéticos e paramagnéticos costumam ser classificados como não-magnéticos, pois seus efeitos, quando sob influência de um campo magnético, são muito pequenos. Já os ferromagnéticos são as substâncias fortemente atraídas pelos ímãs.
    É importante saber que campos magnéticos são diferentes de campos elétricos, embora um gere o outro. Como já explicado, o primeiro se origina do movimento de cargas elétricas, enquanto que o campo elétrico surge apenas com uma carga, não importando seu momento. O campo magnético é perpendicular ao campo elétrico.
    As extremidades dos ímãs são conhecidas como pólos magnéticos, sendo um o pólo norte ( N ) do ímã e a outra o pólo sul ( S ) e esses pólos são inseparáveis do ímã, mesmo sendo cortados dele, surgem outros pólos sul e norte, sendo que os pólos opostos se atraem e os pólos iguais se repelem.
    ATIVIDADE


    Nessa atividade de reposição, nosso objetivo é a construção de uma bússola. Para isso, devemos conhecer alguns conceitos fundamentais. Devido a enorme quantidade de ferro derretido existente no interior da Terra ela se comporta como um grande imã. Sabemos que os imãs atraem objetos metálicos e a Terra não é diferente. Por isso, se usarmos um objeto sensível que seja orientado para o imã terrestre podemos nos orientar por ele. Para isso foi inventado um instrumento chamado bússola. Ela mostra a direção dos pólos magnéticos da Terra, os pontos auxiliares e outros pontos intermediários para que possamos seguir direções bem precisas.
    Agora é a sua vez: construa uma bússola e explique como funciona o alinhamento da direção norte-sul da agulha da bússola e demais conceitos que envolvem o seu funcionamento.

    MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO:
    - um ímã em barra (desses usados para fechar portas de armário, por exemplo, facilmente encontrado em lojas de ferragens ou de materiais para construção ou mesmo imãs de geladeira);
    - grampo metálico daqueles usados para fechar pastas (macho-fêmea);
    - martelo;
    - um prego;
    - uma rolha;
    - uma agulha.
    AGORA PESQUISE COMO FAZER E MÃOS A OBRA!!!

    Abraços Profª Michele


    quinta-feira, 3 de setembro de 2009

    Aula de Reposição Geografia e Atualidades (noturno) - Prof. Deivid

    Observe o mapa e leia com atenção os seguintes textos:


    “A crueldade do trabalho infantil é um pecado social grave em nosso País. A dignidade de milhões de crianças brasileiras está sendo roubada diante do desrespeito aos direitos humanos fundamentais que não lhes são reconhecidos: por culpa do poder público, quando não atua de forma prioritária e efetiva, e por culpa da família e da sociedade, quando se omitem diante do problema ou quando simplesmente o ignoram em decorrência da postura individualista que caracteriza os regimes sociais e políticos do capitalismo contemporâneo, sem pátria e sem conteúdo ético.”
    (Medeiros Neto. A crueldade do trabalho infantil. Diário de Natal. 21/10/2000.)



    “Submetidas aos constrangimentos da miséria e da falta de alternativas de integração social, as famílias optam por preservar a integridade moral dos filhos, incutindo-lhes valores, tais como a dignidade, a honestidade e a honra do trabalhador. Há um investimento no caráter moralizador e disciplinador do trabalho, como tentativa de evitar que os filhos se incorporem aos grupos de jovens marginais e delinqüentes, ameaça que parece estar cada vez mais próxima das portas das casas.”
    (Joel B. Marin. O trabalho infantil na agricultura moderna. http://www.proec.ufg.br/.)

    “Art. 4o. – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
    (Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.)


    Atividade:

    Com base no gráfico e nos textos sobre o trabalho infantil na realidade brasileira. Faça uma pesquisa sobre o assunto. Coloque capa, introdução, desenvolvimento e conlusão (a sua opnião sobre o assunto). Não esqueça de citar a fonte onde você pesquisou.

    Abraços
    Prof. Deivid

    terça-feira, 1 de setembro de 2009

    70 anos da invasão da Polônia - Assim começava a 2ª Guerra Mundial


    Segue o link de um esquema muito bacana feito pelo Jornal Zero Hora sobre a invasão que desencadeou o maior conflito da História.

    Utilizem bem seu tempo e aprendam! Quem sabe assim não repetiremos estas atrocidades novamente...

    http://www.clicrbs.com.br/zerohora/swf/especial_segunda_guerra/index.html

    segunda-feira, 31 de agosto de 2009

    REPOSIÇÃO CONTEÚDO DE GEOGRAFIA.

    NOME-_________________________________________.C______,______%.
    REPOSIÇÃO DE CONTEÚDO.
    DISCIPLINA: GEOGRAFIA
    OBJETIVO: Analisar a formação da União Européia e suas principais características.
    CONTEÚDO: A União Européia, e Europa Oriental.
    ESTRATÉGIA: Responder 10 questões retiradas da vídeo aula.
    DATA DE ENTREGA-Dia 28/09.

    Preste atenção nas vídeos aulas e responda as questões abaixo.

    1)Como é e o que representa a bandeira da União européia?

    2)Faça um cronograma da formação da União Européia.

    3)Quais os problemas enfrentados pelos imigrantes na Europa?

    4)Será que a unidade Européia poderá se tornar um único país?Justifique.

    5)Quais países europeus ainda não aderiram á moeda (Euro)?

    6)O que foi o Czarismo?

    7)Em 1914 começou a primeira Guerra Mundial e a Rússia participa, morreram muitos russos indo para frente de batalha provocando a Revolução Russa em 1917. Como ela se desenvolveu?

    8)Quando e para quem a Rússia começou a perder território?

    9)O que aconteceu depois da morte de Lênin?

    10)A União Européia cresceu na indústria de base, porém a de bens e consumo foi esquecida. Por quais fatores isso ocorreu?














    BOM TRABALHO.
    DEISI.

    terça-feira, 25 de agosto de 2009

    Saio da vida para entrar na História

    Dia 24 de agosto temos uma data muito importante para o cenário político brasileiro e internacional, a morte de Vargas, conhecido presidente brasileiro, governou através de um sistema ditatorial durante quase vinte anos, com certeza suas ações foram determinantes para os rumos da política brasileira naquela época e essencialmente hoje.




    Por: Angela de Castro Gomes - Fundação Getúlio Vargas

    Getúlio Vargas é, com toda a certeza, um dos maiores nomes do cenário político brasileiro do século XX. Sua presença e força políticas atravessaram as décadas de 1920, 1930, 1940 e 1950, instalando-se como referência inquestionável após o suicídio, ocorrido em 24 de agosto de 1954. Vargas, durante essa longa trajetória, foi sendo identificado tanto por suas surpreendentes qualidades de estadista – coragem, sabedoria, ousadia –, como por suas características de "homem comum" – simpatia, malandrice, simplicidade –, facetas que o aproximavam ao mesmo tempo dos grandes líderes de seu tempo e do povo brasileiro, o "seu" povo. Ficou conhecido como o "pai dos pobres", o protetor dos trabalhadores, mas também como o presidente em cujo governo trabalhadores foram presos, torturados e até mortos.
    Mitos políticos são construções modernas, possíveis quando a política se torna uma atividade central para uma sociedade e quando as "massas" se tornam um ator necessário, porém temido. Mitos políticos, especialmente quando assumem a forma de uma personalidade, cumprem o papel de guias para o povo, devendo ser facilmente reconhecidos e seguidos – nesse sentido Getúlio Vargas foi um grande mito, construído no contexto das décadas de 1930-1940, quando o Brasil se tornava uma sociedade urbano-industrial, entrava na era dos meios de comunicação de massa e não podia mais desconhecer os graves problemas socioeconômicos que inquietavam sua população havia décadas. Mitos políticos exigem intensa e sofisticada propaganda governamental, mas é preciso que o que está sendo propagado faça sentido para a população receptora, vinculando-se à sua experiência de vida, seja direta, seja indiretamente. A construção de um mito, portanto, não é mera obra de mistificação. Por isso, a trajetória política de Vargas é uma excelente oportunidade para pensar sobre as relações entre representantes e representados, sem aceitar a idéia recorrente de que o povo brasileiro é "ingênuo" e continuamente enganado por políticos "cínicos", que defendem apenas interesses pessoais.
    Examinemos a história da construção do mito Vargas. Ela certamente começou com a Revolução de 1930. Nesse momento, Vargas era apenas um de um conjunto líderes, embora fosse aquele que iria assumir a chefia do Estado. Pode-se então verificar que a figura de Vargas começa a ser trabalhada como exemplo de presidente quando ele ainda é o chefe do Governo Provisório (1930-1934) e, a seguir, o presidente constitucional do país (1934-1937). A partir daí, a propaganda em torno de seu nome e das realizações de seu governo não param de aumentar. Entretanto, foi só após o golpe do Estado Novo que a preocupação com a construção do mito Vargas chegou a seu auge. Como o regime era autoritário, a intensa propaganda se beneficiou muito da censura, dirigida a todos e a tudo que pudesse ser considerado danoso ao regime e a Vargas. Durante o Estado Novo, cresceram lado a lado propaganda e repressão, quer esta se manifestasse através dos instrumentos da repressão física direta, quer assumisse as feições, nem sempre muito sutis, da censura e também da autocensura.
    Diretamente envolvidos no esforço de divulgação da figura de Vargas, estavam o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e também o Ministério da Educação e Saúde. Um tripé que apontava para a centralidade das políticas sociais do regime, mas que também se preocupava em veicular mensagens que causassem impacto pela qualidade e pela diversificação dos recursos a que recorriam. Esses órgãos do aparelho de Estado revelam claramente o tipo de imagem que Vargas desejava criar junto à população. Ela devia ser a de um presidente especialmente atento à situação dos trabalhadores do Brasil e, com igual ênfase, à situação das mulheres/mães, dos jovens e das crianças, que garantiriam o futuro do país. Dessa forma, Vargas materializava um modelo de presidente voltado para a criação e a implementação dos novos direitos sociais do povo brasileiro, que constituíam o coração e o sentido da cidadania social, então preconizada. Esse presidente queria inaugurar um novo tempo nas relações entre Estado e Sociedade no Brasil: elas deviam ser diretas – através de cartas e de cerimônias cívicas –, sem quaisquer intermediários. Povo e presidente deviam estar próximos, deviam confiar um no outro.
    Não é casual, por conseguinte, que as ameaças à liderança de Vargas, em meados dos anos 1950, tenham sido entendidas pela população brasileira, especialmente pelos pobres e trabalhadores, como uma ameaça ao presidente que havia enxergado o povo e aos direitos sociais aos quais seu nome sempre esteve ligado. Também não foi por acaso que esse povo chorou e se revoltou com a notícia de seu suicídio, atacando os antigetulistas e surpreendendo a muitos com sua raiva e sua dor. Para lidar com a política e os mitos políticos, é preciso entender que eles não cabem em esquemas simples e maniqueístas, e que sempre perdemos muito ao tentar fazer isso. Vargas é, nessa perspectiva, um exemplar mito político.
    Ângela de Castro Gomes

    sábado, 16 de maio de 2009

    A Bomba Atômica

    Pensem nas crianças mudas telepáticas
    Pensem nas meninas cegas inexatas,
    Pensem nas mulheres rotas alteradas,
    Pensem nas feridas como rosas cálidas,
    Mas não se esqueçam da rosa da rosa,
    Da rosa de Hiroxima a rosa hereditária,
    A rosa radioativa estúpida e inválida,
    A rosa com cirrose a anti-rosa atômica,
    Sem cor nem perfume sem rosa sem nada.

    Rosa de Hiroxima
    Vinícius de Morais




    "Soldados alemães, cidadãs e cidadãos da Alemanha: nosso líder, Adolf Hitler, se foi...".
    Com esse pronunciamento no dia 8 de maio de 1945 o almirante Dönitz, que fora nomeado por Hitler seu sucessor, anunciou pela rádio a rendição incondicional da Alemanha. Hitler e sua companheira de anos Eva Braun, haviam cometido suicídio no dia 30 de abril de 1945, após seu bunker em Berlim estar totalmente cercado pelo exército vermelho da URSS.
    A Segunda Guerra Mundial terminava, mas somente no continente europeu. No Pacífico o Japão ainda resistia às investidas norte-americanas.
    Em maio de 1945 os líderes aliados reunidos na Conferência de Potsdan, haviam exigido a rendição incondicional do império japonês. Essa imposição já era aceita por uma parte do gabinete japonês, mas não pelos generais-- o Japão nunca havia perdido uma guerra.



    "Meu Deus, o que foi que nós fizemos?"
    Eram 8h 16min 8s. do dia 6 de agosto de 1945. A interrogação foi a primeira reação de um dos tripulantes do Elona Gay, após presenciar a devastação produzida pela primeira bomba atômica jogada sobre uma cidade povoada.
    Elona Gay foi o nome dado ao avião norte-americano B-29 pelo seu comandante em homenagem à própria mãe. A cidade era Hiroxima, no Japão, que desapareceu em baixo de uma nuvem em forma de cogumelo. As notícias sobre a cidade eram desencontradas, e ninguém sabia exatamente o que ocorrera. No dia 9 outra bomba atômica foi lançada sobre a cidade de Nagasaki. Os norte-americanos haviam treinado durante meses uma esquadrilha de B-29 para um ataque especial. Nos aviões, quase ninguém sabia o que transportava.
    Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroxima e 80 mil em Nagasaki. As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. O cenário histórico dessa tragédia que permanece até hoje na memória de milhares de japoneses era a guerra no Pacífico, entre Japão e Estados Unidos no contexto do término da Segunda Guerra Mundial.
    Os generais japoneses ainda tentaram resistir, até serem convencidos do contrário pelo próprio imperador Hiroíto. No dia 15 de agosto de 1945 os japoneses escutam pelo rádio a rendição incondicional do país. Em 2 de setembro o encouraçado norte-americano Missouri entrou na baía de Tóquio e a paz foi assinada. A Segunda Guerra chegava ao fim, deixando um salde de 50 milhões de mortos em seis anos. A bomba atômica tinha sido mais um episódio desumano na história da Segunda Guerra Mundial.



    Será que não existia uma maneira menos estúpida de forçar a rendição japonesa?
    Para alguns historiadores o governo norte-americano tinha que dar um basta pois não podia mais resistir às pressões do Congresso, que não aceitava mais perdas de vidas norte-americanas, numa guerra que já se prolongara demais. Uma outra corrente entretanto, acharia que estúpida é a pergunta feita acima, já que o uso de armas atômicas contra o Japão não correspondia a qualquer necessidade bélica. O Japão estava em negociações secretas com os Estados Unidos para capitulação definitiva. Era uma questão de dias.
    Para essa segunda corrente, as bombas atômicas tinham outro endereço: a URSS. Se até agora EUA e URSS estavam do mesmo lado, isso era fruto de uma aliança circunstancial, contra um inimigo comum que já não os preocupava mais: o nazifascismo.
    As bombas de Hiroxima e Nagasaki, segundo essa última interpretação marcam o início do contexto conhecido como "guerra fria", a disputa político-ideológica e militar que bipolarizou o mundo entre o socialismo soviético e o capitalismo norte-americano por mais de 40 anos, até a desintegração da URSS, a reunificação da Alemanha e mais simbolicamente a queda do muro de Berlim em novembro de 1989.
    Nas duas conferências que selaram o final da guerra, realizadas pelos três grandes vencedores -- norte-americanos, britânicos e soviéticos -- em Yalta e Potsdam, são estabelecidos os pontos de divisão do mundo entre os blocos capitalista e socialista. Em 25 de abril de 1945 a Conferência de São Francisco criou a Organização das Nações Unidas, cuja carta foi promulgada em junho.




    Quanto ao Japão, que teve mais de um milhão e oitocentas mil vítimas, além de 40% das cidades arrasadas e a economia totalmente destruída, foi desmilitarizado e ocupado pelos Estados Unidos até 1951, quando as Nações Unidas (exceto a URSS e China), concluíram com ele, o Tratado de São Francisco, devolvendo sua soberania e marcando sua reconstrução integrada ao capitalismo internacional.


    Atenção Terceirão Matutino e Noturno!
    Texto extraído do site: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=193

    quarta-feira, 1 de abril de 2009

    Dança da sala da professora Juliana em homenagem aos colegas.
    homenagem dos alunos do 7º ano aos seus colegas.


    homenagem dos alunos do 6º ano aos seus colegas.

    homenagem dos alunos da professora Zú, a todos seus colegas de sala.

    ANIVERSARIANTES DOS MESES DE JANEIRO,FEVEREIRO E MARÇO.

    Esses são todos os aniversariantes, dos primeiros meses do ano, desejamos a todas muita paz, saúde e sucesso na vida são os votos do Colégio Hermann Spethmann.
    Grande abraço á todos.

    segunda-feira, 30 de março de 2009

    TEXTO ATUALIDADES.

    As veias abertas, a dependência e a geografia da fome na América Latina
    Os brasileiros Rui Mauro Marini e Josué de Castro e o uruguaio Eduardo Galeano nos dão, juntos, uma bela síntese do que fomos, somos e podemos ser
    Em 1970, o uruguaio Eduardo Galeano, terminava de escrever um dos mais deliciosos e profundos livros sobre nosso continente: As veias abertas da América Latina.Entre as várias argumentações desenvolvidas por ele, estava a constatação de que a América Latina era o território escravizado pelos EUA em seu afã de seguir hegemônico no cenário imperialista mundial.Galeano explica, como Josué de Castro o havia feito há alguns anos, em seu livro Geografia da Fome, que o subdesenvolvimento não podia ser entendido fora da lógica geral de funcionamento do modo de produção capitalista. Dizia o autor: “nossa derrota esteve sempre implícita na vitória alheia, nossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a prosperidade dos outros: os impérios e seus agentes nativos. Na alquimia colonial e neo-colonial, o outro se transforma em sucata e os alimentos se convertem em veneno.”
    Contemporâneo de Galeano, Marini, um mestre e tanto, que como os outros não separava teoria de ação revolucionária, nem prática de reflexão concreta sobre o real e o possível dentro do real de ser transformado, escrevia na dialética da dependência, que o resultado do desenvolvimento capitalista seria a miséria de nossos povos.Nos ensinam esses mestres, que a característica histórica da América Latina foi, e é, a de ter suas riquezas naturais, energéticas e vitais (a partir do pulsar da força de trabalho que habita na continente), apropriadas privadamente pelos detentores hegemônicos do modo de produção-acumulação capitalista central. Esse servir, baseado na perda do que é próprio, se sustenta nos históricos vínculos de dependência e subordinação centrados no poder dos países hegemônicos sobre a periferia.
    Os dados atuais (CEPAL) da América Latina nos mostram não só o quanto vem sofrendo ao longo da história a maior parte de nossos sujeitos-sujeitados pelo capital, mas, também, o terreno fértil da continuada superexploração do trabalho no continente. Um mecanismo que nos anos 40-60 era particular do continente e que agora evidencia sua projeção global.América Latina faz escola na reprodução ampliada da lógica animal do capital, cujos donos irracionais vivem bem, porque sujeitam muitos a viverem mal. É do roubo do tempo que falamos. Cada vez mais, o capital global, rouba mais tempo, ao pagar menos salários e quebrar todos os direitos trabalhistas, como forma de não romper seu circulo vicioso da riqueza centrado na pobreza da condição humana.Esse mecanismo de extrair sobre-trabalho do mesmo tempo de trabalho de outros sujeitos em outras partes do mundo, foi a característica particular encontrada pelo capitalismo periférico para compensar suas perdas nos mercados mundiais, cujo centro de produção de valor e de preço de mercado estava nas mãos de capitalistas centrais, mais poderosos que os latinos.Enquanto os trabalhadores centrais eram considerados consumidores, uma vez que a produção tinha como vínculo o consumo-mercado interno e externo, os trabalhadores da periferia, como nós os latinos, não eram consumidores diretos dos bens produzidos, uma vez que o objetivo central do capital latino era, e é, produzir para exportar.Essa diferença do modo de funcionamento da produção e da circulação de mercadorias foi o que permitiu uma forma particular de acumulação privada do capital latino, frente à sua forma geral de funcionamento mundial.É por meio da economia política que Marini nos ensina o quanto a América Latina por ser rica tinha sua desgraça centrada na debilidade política. Elemento que a faria ser pobre nas condições objetivas de realização da sobrevivência de sua população, dado o poder hegemônico dos países centrais em ditar as regras (inter)nacionais das relações econômicas mundiais.Como Galeano e Marini, Josué de Castro também reforçava o fato de que o subdesenvolvimento é o resultado de um processo de desenvolvimento centrado nos grandes, a partir das múltiplas formas de roubo de nossas riquezas. América Latina sem identificação soberana e autônoma consigo mesma, frente à hegemonia dos centros.Dizia o mestre Josué: "O subdesenvolvimento não é, como muitos pensam equivocadamente, insuficiência ou ausência de desenvolvimento. O subdesenvolvimento é um produto ou um subproduto do desenvolvimento, uma derivação inevitável da exploração econômica colonial ou neocolonial, que continua se exercendo sobre diversas regiões do planeta".Essas veias abertas que fazem com o que o capital avance na intensificação da exploração do trabalho e da apropriação privada dos recursos naturais de nossa América, chega no século XXI, com suas marcas visíveis sobre o corpo dos povos latinos.Atualmente somos 580 milhões de latino-americanos (em 2010 seremos 594 milhões). 79,1% desta população vive nas cidades (458 milhões) e 120 milhões vivem na área rural. Destes, 35,1% vivem em situação de pobreza. Outros 12,7 % vivem em situação de indigência (miséria absoluta). Estamos falando de um total de 203 milhões de pobres e 73 milhões de indigentes.Um destaque importante é relativo ao nível da pobreza e indigência da população rural latino-americana. Quando comparados os números com a média total da população vemos que a pobreza chega a 53,6% e a indigência engloba um total de 28,7% de nossa população camponesa.Somos um número expressivo de marginais em um território rico. Os condenados da terra, não por desígnios divinos, mas por ordens animalescas advindas de expropriadores privados das riquezas soberanas, autônomas, que por mais que nos pertençam, ainda não são nossas. Falamos de um total de 276 milhões de pessoas vivendo em situações marginais num continente que permanece, após longos séculos de exploração e expropriação, rico em recursos e pobre no poder de distribuição para si mesmo, e seus sujeitos, desta riqueza. O imperialismo encontra na América Latina, um terreno fértil de reprodução de suas mazelas político-econômico-ideológicas: o subimperialismo. A capacidade de reproduzir, a partir do mando dos países centrais, a mesma lógica perversa de apropriação, via Estados soberanos nacionais, das riquezas dos países politicamente mais débeis do continente, a partir do poder das economias mais fortes. Um círculo vicioso da pobreza capitalista, centrada na acumulação da riqueza de nossos bens. Os Estados centrais, em parceria com os Estados latinos, roubando em nome do capital, os recursos do nosso território e jogando à mendicância parte expressiva de nossos trabalhadores, povos autônomos, seres para si, fora de si mesmos, em seu continente.Em 2010, 276 milhões constituirão a PEA, distribuída entre 163 milhões de homens e 113 milhões de mulheres em idade produtiva para estar incluída no setor formal da economia. Entre estes, teremos um total de 202 milhões de jovens com 15 a 34 anos de idade. Destes jovens, 100 milhões são homens e outros 102 milhões são mulheres. A população juvenil latina corresponde a 33,9% da população total e 73,9% da população apta a trabalhar.Ao pensar as características da superexploração na América Latina hoje, temos que ver quanto o capital, a partir dessa expressiva quantidade de jovens (homens e mulheres e entre eles a distinção de etnias/raças), conta com um terreno fértil de apropriação privada das riquezas a partir da intensificação da exploração do trabalho.Todos estes três autores discutiram o texto-contexto latino, a partir do grau de desenvolvimento das forças produtivas capitalistas na América Latina e da participação desta no mundo do capital. Esses mestres eram implacáveis ao dizer que a única saída possível era, e é o socialismo, rumo ao comunismo.Josué de Castro sustentava que sem violência não era possível frear a violenta ação capitalista. Marini dizia que a revolução não deveria ser pensada a partir das táticas viáveis do reformismo desenvolvimentista no continente. Galeano mostrava que as veias abertas, para permitirem uma livre, e real, circulação das riquezas e dos povos de Nossa América, deveriam se livrar desse câncer circulatório e reprodutivo que é o modo de funcionamento do aparelho capitalista. Os três mestres juntos nos dão uma bela síntese do que fomos, somos e podemos ser. Para ser, não devemos permitir que nosso sangue continue absorvido pelo vampiro que há anos suga o que de mais rico e originário temos: a história dos povos latinos, anterior ao capital e para além dele.
    Fonte: Agência Brasil de Fato

    segunda-feira, 23 de março de 2009

    ANIVERSÁRIO DA ISADORA.


    PARABÉNS ISADORA DE TODOS OS COLEGAS DE SALA

    E DO COLÉGIO HERMANN SPETMANN, MUITAS FELICIDADES

    HOJE E SEMPRE.

    domingo, 22 de março de 2009

    Danças e Músicas nas aulas de espanhol.


    Experiência de ciências.7o ano.


    fundamental I ( fazendo massinha de modelar)20/03


    ATUALIDADES ( TURISMO BRASILEIRO)

    Turismo é a quinta pauta de exportação no Brasil e movimentou US$ 6 bilhões em 2008
    O crescimento do turismo no Brasil, as principais medidas para o setor em 2009, incluindo investimentos em infraestrutura, programas e qualificação, foram temas debatidos pelo ministro do Turísmo, Luiz Barretto, na manhã desta quinta-feira (19) em entrevista com âncoras de emissoras de rádio de todo País. Barretto falou ao Bom Dia Ministro, programa produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República e transmitido via satélite. Leia abaixo os principais trechos. Copa 2014 - "Primeiro, temos que aguardar a definição da Fifa (Federação Internacional de Futebol). Temos quase dois meses para conhecer as 12 cidades definitivas dentre as 17 que desejam sediar a Copa. O governo torce por todas, aguardando a decisão exclusivamente técnica da Fifa. A partir disso, trabalharemos fortemente na preparação da Copa do Mundo de 2014. São cinco anos que cabem perfeitamente para realizar um grande planejamento, pensar nos desafios de infra estrutura, de qualificação profissional e de promoção do Brasil no exterior. A Copa movimenta mais de meio milhão de turistas, mais de 20 mil jornalistas, e tem um momento prévio que também é muito importante. Há questões específicas, como receber bem uma seleção, a exigência de campos técnicos para fazer os treinos anteriores, uma certa privacidade. A hospedagem de um conjunto grande de jornalistas desses países que ficarão no grupo de Belo Horizonte ou no grupo de Brasília. Portanto, é um desafio, mas tenho certeza que nos próximos anos é possível trabalhar a infra estrutura e todas as questões necessárias. O Ministério está à disposição para realizar os estudos técnicos e fazer as intermediações ne
    essárias no contato com a Fifa e com as seleções. Tenho certeza que a Copa do Mundo é uma grande janela de oportunidades para todo o Brasil." Desafios para a Copa - "Temos três grandes desafios: qualificação profissional, infraestrutura turística e hoteleira e a promoção. O da qualificação é um dos temas mais importantes. Assinamos recentemente um primeiro convênio com a Fundação Roberto Marinho, que vai treinar 80 mil jovens nas línguas inglesa e espanhola. São R$ 14 milhões de investimentos nessa área e começaremos por duas capitais brasileiras, Salvador e Rio de Janeiro, estendendo depois para todas as principais cidades indutoras do turismo. Firmamos com a Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, um convênio para tratar do planejamento nosso em relação à Copa do Mundo. Nossa meta é ter 65 destinos de alto padrão de qualidade até 2014. Aplicamos mais de R$ 40 milhões em 2008 no tema da qualificação profissional. Ano passado, mais de cinco milhões de turistas estrangeiros deixaram quase US$ 6 bilhões, consolidando o turismo como a quinta pauta de exportação brasileira. Portanto, temos grandes desafios pela frente, mas tenho certeza que, com muito esforço, mobilização, parceria com a iniciativa privada, prefeituras e os governos estaduais, vamos vencer esse desafio e transformar a Copa do Mundo não só num sonho, mas numa grande realização para o Brasil e para todo o turismo brasileiro." Qualificação - "A qualificação profissional é um desafio permanente. Alcançamos enormes progressos nos últimos anos. Se olharem o que era o turismo brasileiro há 5, 6, 10 anos atrás, vão notar a grande mudança e para melhor. Melhoramos a qualidade do receptivo turístico. Foi feito um conjunto grande de parcerias com os estados e
    municípios, com os setores hoteleiro e de transporte. Entregamos certificados no ano passado para mais de 500 taxistas que receberam treinamento nessa área.. São Paulo, que é uma grande porta de entrada do turismo de negócios, é hoje a oitava cidade do mundo em captação de eventos e a primeira das Américas. O Brasil se consolida hoje como grande, não só no turismo de lazer, de sol e de praia, mas no turismo de negócios e de eventos. Uma característica que facilita muito é a hospitalidade brasileira, um diferencial no nosso turismo. Mas certamente nesse mundo globalizado, onde a competição é muito grande, precisamos trabalhar permanentemente o tema da qualificação." "Viaja Mais Melhor Idade" - "É um programa muito importante para períodos de baixa ocupação. Criado em 2007, privilegia pessoas acima de 60 anos, aposentadas ou não, com uma grande linha de financiamento através do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, entre dez e12 parcelos com juros abaixo de 1%. Conseguimos cadastrar quase dois mil hotéis e meios de hospedagem que ofertam na boca do caixa 50% de desconto. É um programa que veio para ficar. Funciona, e bem, em parceria com a Braztoa, o sindicato das operadoras de turismo. Tínhamos perspectiva de vender 50 mil pacotes ano passado e vendemos mais de 180 mil. É fundamental para rodar a cadeia do turismo nos períodos de baixa ocupação e, por outro lado, beneficiar aqueles cidadãos brasileiros que, ao longo de toda a vida, trabalharam muito e merecem um descanso, uma viagem. Eles podem realizar turismo fora das férias. Portanto, é uma vantagem. Há também uma segunda modalidade desse programa: se a pessoa não quer um pacote, pode ir direto a uma rede de hotéis. No www.viajamais.com.br há todas as informações do programa. Distribuímos também um guia nas agências da Caixa Econômica, que oferece as explicações desse programa. Esse é um programa que trabalha não só com lazer, mas também com a possibilidade da nossa terceira idade se movimentar." Brasil no exterior - "Temos tido êxito na promoção do Brasil no exterior. Houve um crescimento da entrada de turistas ano passado. Foram mais de cinco milhões de estrangeiros que freqüentaram o Brasil e deixaram aqui US$ 5,8 bilhões de entrada de divisas - um recorde. Consolidou o turismo como a quinta principal pauta de exportação brasileira e a primeira na área de serviços. A Embratur tem feito um grande trabalho nos 12 mercados emissores de turistas para o Brasil. A primeira dificuldade é a localização. Embora com belezas naturais, rica cultura e de todas as potencialidades, o Brasil está no Hemisfério Sul. Portanto, entre 10 e 12 horas dos principais emissores de turismo no mundo, que são Europa e os Estados Unidos. Isso já é um limitador. A Organização Mundial do Turismo estima que apenas 30% das viagens do mundo são aquelas acima de cinco horas de vôo. Sendo assim, o Brasil não disputa 100% do mercado mundial, porque está na longa distância. Precisamos atuar, ainda, na infraestrutura aeroportuária. Trabalhamos para aumentar o número de vôos, por que todo turismo de longa distância é feito via aérea. O tema da segurança é outra questão importante e acredito no trabalho dos governadores dos estados para melhorá-la. Vamos trabalhar fortemente a integração com os países da América do Sul. Temos uma vantagem, que é ter um grande mercado interno de quase 100 milhões de consumidores. O Brasil teve um grande crescimento da classe média nos últimos anos, com uma parcela significativa da população que, hoje, pode acessar vários bens de consumo, incluindo turismo." Ranking - "Recentemente, o Fórum Econômico Mundial divulgou o índice de 180 países. O Brasil melhorou bastante de posição. Já é o principal país da indústria do turismo na América do Sul e o segundo das Américas. Tivemos grande crescimento, à
    frente do México e Argentina e demonstramos que estamos no caminho certo. Ano passado foi aprovada a Lei Geral do Turismo, que é um grande marco regulatório, facilitador dos investimentos privados na área do turismo. Este é um ano excepcional, porque viemos de um grande balanço de 2008, com crescimento de 20% no turismo interno e no doméstico. Agora temos uma grande crise internacional no mercado europeu e americano. Precisamos nos adaptar à crise." Jovens carentes - "É uma experiência em parceria com vários municípios. Retiramos jovens das ruas e os qualificamos, dando uma chance para que possam ser inseridos no mercado de trabalho. No caso do turismo, é muito importante que se tenha trabalho com guias, com receptivo turístico, algo que faz parte do jeito hospitaleiro do brasileiro. O projeto qualifica, dá uma função. O treinamento em línguas inglesa e espanhola é muito importante para receber turistas internacionais. É uma grande experiência que tem de ser reproduzida nas principais regiões metropolitanas do País. Hoje a competição no mundo globalizado é muito difícil e não adianta ter apenas belezas naturais. É necessário se qualificar para enfrentar a grande competição mundial e só é possível fazer esse trabalho com grandes parcerias. Louvo as parcerias estabelecidas pelo Ministério com prefeituras e governos estaduais, que demonstram que é possível agir em prol do turismo brasileiro e em prol da meninada brasileira, que precisa de uma profissão."

    quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

    1º dia de aula
















    Dia Internacional da Mulher.

    DATAS COMEMORATIVAS
    Destaque do Mês
    Dia Internacional Da Mulher
    08 de Março - Há muitas controvérsias a respeito da origem do Dia da Mulher. A história mais conhecida é sobre o incêndio de uma fábrica têxtil em Nova Iorque, ocorrido em 08 de março 1857, onde 129 operárias em greve morreram queimadas, ao se trancarem na fábrica, exigindo redução da jornada de trabalho e melhores salários. Outra hipótese refere-se à greve das tecelãs e costureiras, ocorrida em Petrogrado, na Rússia, em 23 de fevereiro de 1917. Contrariando o Partido Bolchevique (nome do Partido Comunista na época), elas saíram às ruas protestando por pão e paz. A manifestação foi o estopim para a Revolução Russa, que provocou a renúncia do czar Nicolau II, determinando o fim da monarquia. Há uma explicação para a data da greve ser no dia 23 de fevereiro: até a Revolução, a Rússia seguia o Calendário Juliano. Apenas em 1918 passou a adotar o Calendário Gregoriano. O dia 23 de fevereiro juliano equivale ao dia 08 de março gregoriano. Mas essas histórias, confrontadas com os fatos históricos, mostram-se inconsistentes. Sabe-se que a primeira celebração de um dia em homenagem às mulheres ocorreu nos Estados Unidos, em 1908. A Federação Autônoma de Mulheres, em Chicago, instituiu o dia 03 de maio como o Woman’s Day. O Partido Socialista Americano apoiou a comemoração e propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem a fixação de uma data. Em 1914, Clara Zetkin, dirigente da Secretaria Internacional da Mulher Socialista, indicou o dia 08 de março para essa comemoração, mas não foi seguida pelas autoras do Woman’s Day, que haviam transferido a data para 19 de março. Hoje sabe-se que quando as trabalhadoras russas iniciaram sua manifestação em 23 de fevereiro, estavam seguindo a sugestão de Clara Zetkin e da Internacional Socialista. Entretanto, no Ocidente, a data deixou de ser comemorada e sofreu restrições por várias décadas, devido às guerras que dizimaram boa parte da Europa. Somente em 1966, quando a Federação das Mulheres Comunistas da Alemanha Oriental atribuiu o dia 08 de março como uma homenagem às operárias americanas, que a data voltou a ser comemorada no Ocidente. Segundo a pesquisadora canadense Renée Coté (Montreal, 1984), autora da principal obra sobre o assunto, não há nenhum registro na imprensa americana de um incêndio ou de uma greve com um número tão expressivo de operárias mortas. Por isso, o mais provável é que a greve na fábrica de Nova Iorque jamais tenha ocorrido e que Clara Zetkin tenha escolhido o dia 08 de março de 1914, um domingo, como a data mais conveniente para a manifestação das operárias, já que elas não trabalhavam nesse dia. No Brasil, o Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 08 de março desde 1947, com o fim da ditadura de Getúlio Vargas. Em 1948, entretanto, com o partido comunista colocado na ilegalidade, a comemoração foi proibida e só retomaria dois anos depois, com a Federação das Mulheres do Brasil, controlada pelos comunistas. Em 1975, a Organização das Nações Unidas instituiu 1975 como o Ano Internacional da Mulher e declarou o dia 08 de março como o dia oficial para essa comemoração. Desde então, e no decorrer dos séculos XX e XXI, as mulheres têm adquirido direitos e continuam lutando ativamente para serem valorizadas e respeitadas na família, no mercado de trabalho e na sociedade de uma forma geral. Apesar de ter-se registrado um grande avanço na consolidação dos direitos da mulher, ela ainda sofre preconceito e violência. Em algumas partes do mundo, a violência contra a mulher é cultural e pública: são escravizadas, espancadas pelos seus maridos, vendidas ou trocadas, como se fossem objetos. Em alguns países da África, mulheres são mutiladas quando crianças. Na China, durante muitos anos, meninas foram assassinadas logo após o nascimento, pelo simples “azar” de serem do sexo feminino. Ainda são constantes as denúncias de mulheres – muitas delas com menos de 15 anos de idade – que foram obrigadas a se casar com estranhos ou parentes. No mundo todo, a violência física e psicológica contra a mulher continua a fazer parte do cotidiano da vida moderna, principalmente de forma encoberta e dissimulada. Nesse sentido, ainda há um longo caminho a ser percorrido.

    sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

    Sejam todos bem vindos

    Olá pessoal...

    Parabenizando os professores Luis Fernando e Deisi pelas postagens interessantes aqui no blog... aproveito para dar boas vindas a todos os estudantes do Colégio Hermann Spethmann!!

    Sejam todos bem vindos e boa aprendizagem...

    Professor Deivid

    quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

    APRENDA A RESPIRAR MELHOR É A DICA PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL.
    RECOMENDAÇÃO PROFESSORA DEISI.

    SABER VIVER
    Bem Estar
    Respirar Bem Faz Bem!Com que freqüência você se estressa? Como você reage ao trânsito, às contas a pagar, ao acúmulo de tarefas e quando seus objetivos não são atingidos? Esses fatores causam preocupação no seu cotidiano? Agora, pare por alguns instantes e perceba sua respiração. Ela está muito rápida ou muito lenta? É superficial ou profunda? Quando você inspira, expande mais o seu tórax ou o seu abdominal? A forma como respiramos aumenta ou diminui a nossa energia. Se você geralmente faz uma respiração muito rápida, superficial e torácica, acaba se dispondo ao cansaço, ao nervosismo, à ansiedade e a dificuldades de criatividade. Se você costuma fazer uma respiração abdominal, muito lenta, acaba sentindo sono, moleza, dificuldade de atenção e concentração. Nenhuma dessas formas é ideal para o melhor aproveitamento da energia para uma boa disposição. A respiração ideal é a diafragmática, pois facilita a respiração profunda capaz de mandar maior volume de oxigênio ao cérebro, o que melhora as atividades mentais, ao passo que estas administram a energia corporal. A forma correta de respirar, visando o nosso bem-estar, acontece quando, na inspiração, parte do ar vai para o tórax e parte para o abdome, expandindo moderadamente os dois. Para torná-la habitual, não tem segredo nenhum – basta repetir algumas vezes os seguintes passos:
    Inspire e expire, percebendo como está a sua respiração;
    Tente respirar profundamente e veja se consegue;
    Inspire distribuindo o ar ao tórax e ao abdome (repita três vezes);
    Agora, inspire profundamente, distribuindo o ar ao tórax e ao abdome;
    Perceba como você se sente respirando corretamente.Uma vez que você aprende a respirar corretamente, fica bem mais fácil perceber quando está respirando errado, podendo imediatamente controlar a sua respiração, não desperdiçando a sua energia. Respirar bem faz bem!

    Fernanda Bertuol. Licenciada em Educação Física, Especialista em Modalidades de Intervenção no Processo de Aprendizagem e Mestre em Educação.

    Início das aulas dia 26/02/09

    terça-feira, 17 de fevereiro de 2009