quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Dia Internacional da Mulher.

DATAS COMEMORATIVAS
Destaque do Mês
Dia Internacional Da Mulher
08 de Março - Há muitas controvérsias a respeito da origem do Dia da Mulher. A história mais conhecida é sobre o incêndio de uma fábrica têxtil em Nova Iorque, ocorrido em 08 de março 1857, onde 129 operárias em greve morreram queimadas, ao se trancarem na fábrica, exigindo redução da jornada de trabalho e melhores salários. Outra hipótese refere-se à greve das tecelãs e costureiras, ocorrida em Petrogrado, na Rússia, em 23 de fevereiro de 1917. Contrariando o Partido Bolchevique (nome do Partido Comunista na época), elas saíram às ruas protestando por pão e paz. A manifestação foi o estopim para a Revolução Russa, que provocou a renúncia do czar Nicolau II, determinando o fim da monarquia. Há uma explicação para a data da greve ser no dia 23 de fevereiro: até a Revolução, a Rússia seguia o Calendário Juliano. Apenas em 1918 passou a adotar o Calendário Gregoriano. O dia 23 de fevereiro juliano equivale ao dia 08 de março gregoriano. Mas essas histórias, confrontadas com os fatos históricos, mostram-se inconsistentes. Sabe-se que a primeira celebração de um dia em homenagem às mulheres ocorreu nos Estados Unidos, em 1908. A Federação Autônoma de Mulheres, em Chicago, instituiu o dia 03 de maio como o Woman’s Day. O Partido Socialista Americano apoiou a comemoração e propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem a fixação de uma data. Em 1914, Clara Zetkin, dirigente da Secretaria Internacional da Mulher Socialista, indicou o dia 08 de março para essa comemoração, mas não foi seguida pelas autoras do Woman’s Day, que haviam transferido a data para 19 de março. Hoje sabe-se que quando as trabalhadoras russas iniciaram sua manifestação em 23 de fevereiro, estavam seguindo a sugestão de Clara Zetkin e da Internacional Socialista. Entretanto, no Ocidente, a data deixou de ser comemorada e sofreu restrições por várias décadas, devido às guerras que dizimaram boa parte da Europa. Somente em 1966, quando a Federação das Mulheres Comunistas da Alemanha Oriental atribuiu o dia 08 de março como uma homenagem às operárias americanas, que a data voltou a ser comemorada no Ocidente. Segundo a pesquisadora canadense Renée Coté (Montreal, 1984), autora da principal obra sobre o assunto, não há nenhum registro na imprensa americana de um incêndio ou de uma greve com um número tão expressivo de operárias mortas. Por isso, o mais provável é que a greve na fábrica de Nova Iorque jamais tenha ocorrido e que Clara Zetkin tenha escolhido o dia 08 de março de 1914, um domingo, como a data mais conveniente para a manifestação das operárias, já que elas não trabalhavam nesse dia. No Brasil, o Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 08 de março desde 1947, com o fim da ditadura de Getúlio Vargas. Em 1948, entretanto, com o partido comunista colocado na ilegalidade, a comemoração foi proibida e só retomaria dois anos depois, com a Federação das Mulheres do Brasil, controlada pelos comunistas. Em 1975, a Organização das Nações Unidas instituiu 1975 como o Ano Internacional da Mulher e declarou o dia 08 de março como o dia oficial para essa comemoração. Desde então, e no decorrer dos séculos XX e XXI, as mulheres têm adquirido direitos e continuam lutando ativamente para serem valorizadas e respeitadas na família, no mercado de trabalho e na sociedade de uma forma geral. Apesar de ter-se registrado um grande avanço na consolidação dos direitos da mulher, ela ainda sofre preconceito e violência. Em algumas partes do mundo, a violência contra a mulher é cultural e pública: são escravizadas, espancadas pelos seus maridos, vendidas ou trocadas, como se fossem objetos. Em alguns países da África, mulheres são mutiladas quando crianças. Na China, durante muitos anos, meninas foram assassinadas logo após o nascimento, pelo simples “azar” de serem do sexo feminino. Ainda são constantes as denúncias de mulheres – muitas delas com menos de 15 anos de idade – que foram obrigadas a se casar com estranhos ou parentes. No mundo todo, a violência física e psicológica contra a mulher continua a fazer parte do cotidiano da vida moderna, principalmente de forma encoberta e dissimulada. Nesse sentido, ainda há um longo caminho a ser percorrido.

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